Papa-capim-de-costas-cinza – (Sporophila ardesiaca)

Papa-capim-de-costas-cinza – (Sporophila ardesiaca)

O papa-capim-de-costas-cinzas Sporophila ardesiaca é uma ave da família Thraupidae. Conhecido também como cabeça-de-côco, patativa e coleiro-mineiro.

Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Papa-capim-de-costas-cinzas
  • Nome inglês: Dubois’s Seedeater
  • Nome científico: Sporophila ardesiaca
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Sporophilinae
  • Habitat: Ocorre nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás e Bahia. Espécie endêmica do Brasil.
  • Alimentação: Congrega-se nos capinzais soltando grãos e usa o bico forte para quebrar as sementes. O nome papa-arroz vem do hábito de também usar plantações de arroz como fonte de alimentação. Além do arroz, adaptou-se às várias gramíneas trazidas da África e acompanhou a expansão da pecuária nas áreas anteriormente florestadas. Aprecia os frutos do Tapiá ou Tanheiro (Alchornea glandulosa). Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.
  • Reprodução: No período reprodutivo (outubro a fevereiro), o casal afasta-se do grupo e estabelece seu território. No início, o ninho é construído pelo macho e todas as demais tarefas correspondem à fêmea, ficando o macho com a atribuição de cantar para afastar outros coleiros da área. Apesar de viver nas áreas abertas, procura árvores da borda das matas nos horários quentes do dia e nidifica em árvores e arbustos do contato mata/campo aberto. O ninho, feito à base de gramíneas, raízes e outras fibras vegetais, é construído em forma de tigela rasa sobre arbustos a poucos metros do solo
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Afonso de Bragança

Características:

Possui peito branco e a cabeça e o pescoço cinzento-escuros, o que lhe confere o formato de uma carapuça. Pode ser confundido com o baiano que se distingue por ter um cinza-esverdeado nas costas e na carapuça e amarelo no peito, mais comum do Brasil Central, Norte e Nordeste. Seu canto sofre variações regionais e é quase idêntico ao do baiano.

Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Costuma se misturar a bandos de outros Sporophila e passa despercebido. Frequenta campos abertos e capinzais.

Foto – Afonso de Bragança

Referências & Bibliografia:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikiaves – disponível em: http://www.wikiaves.com/papa-capim-de-costas-cinza Acesso em 08 Setembro de 2009.

Canário-da-terra – (Sicalis flaveola)

O canário-da-terra Sicalis flaveola, é uma ave da família Thraupidae. Também é conhecido como canário-da-terra-verdadeiro. Ocorre no Brasil, nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina.

Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Canário-da-terra
  • Nome inglês: Saffron Finch
  • Nome científico: Sicalis flaveola
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Diglossinae
  • Habitat: Ocorre do Maranhão ao sul até o Rio Grande do Sul e a oeste até o Mato Grosso, bem como nas ilhas do litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro. Encontrado localmente também nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina.
  • Alimentação: Alimenta-se de sementes no chão. É uma espécie predominantemente granívora (come sementes). O formato do bico é eficiente em esmagar e seccionar as sementes, sendo, portanto, considerada predadora e não dispersora de sementes. Ocasionalmente alimenta-se de insetos. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo ninhos cobertos, na forma de uma cestinha, em lugares que variam desde uma caveira de boi até bambus perfurados. Frequentemente utiliza ninhos abandonados de outros pássaros, sobretudo do joão-de-barro. Pode fazer ninhos em forma de cesta em plantas epífitas (orquídeas e bromélias), em buracos de telhas e outros locais que ofereçam proteção. A fêmea põe em média 4 ovos, que são chocados por 14 ou 15 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Afonso de Bragança

Características:

Tem um tamanho aproximado de 14 cm. Peso médio: 20 gramas. Cor amarelo-olivácea com estrias enegrecidas nas costas e próximo das pernas. Asas e cauda cinza-oliva. A íris é negra e o bico tem a parte superior cor de chifre e a inferior é amarelada. As pernas são rosadas. A fêmea e o jovem têm a parte superior do corpo olivácea com densa estriação parda por baixo, com as penas e cauda e tarso quase enegrecidos, mas quando adultos assumem a coloração amarela. Com 4 a 6 meses de idade, os filhotes machos já estão cantando, e levam cerca de 18 meses para adquirir a plumagem de adulto.

São cinco subespécies reconhecidas, sendo duas brasileiras.

  • Sicalis flaveola brasiliensis (Gmelin, 1789) – ocorre no Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
  • Sicalis flaveola pelzelni (P. L. Sclater, 1872) – Canário-chapinha. Ocorre na Bolívia, ao leste dos Andes, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
  • Sicalis flaveola flaveola (Linnaeus, 1766) – ocorre na Colômbia, Venezuela, Guianas e Trinidad. Introduzido no Panamá, Porto Rico e Jamaica.
  • Sicalis flaveola valida (Bangs & T. E. Penard, 1921) – ocorre no Peru e Equador.
  • Sicalis flaveola koenigi (G. Hoy, 1978) – ocorre no noroeste da Argentina, na região de Salta e Jujuy.
Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Vive em campos secos, campos de cultura e caatinga, bordas de matas, áreas de cerrado, campos naturais, pastagens abandonadas, plantações e jardins gramados, sendo mais numeroso em regiões áridas. Costuma ficar em bandos quando não está em período de acasalamento. Vive em grupos, às vezes de dezenas de indivíduos. O macho tem um canto de madrugada bem extenso e áspero, diferente do canto diurno. O canto de corte é melodioso e baixo, acompanhado de um display parecido com uma dança em volta da fêmea. É frequentemente aprisionado como ave de cativeiro. Graças à ação das autoridades e da conscientização da população, registros do canário-da-terra vêm se tornando mais frequentes nos últimos anos

Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

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