Arapaçu-de-garganta-amarela – (Xiphorhynchus guttatus)

Arapaçu-de-garganta-amarela – (Xiphorhynchus guttatus)

O arapaçu-de-garganta-amarela Xiphorhynchus guttatus é uma ave da família Dendrocolaptidae. Ocorre no Brasil, Guianas, Venezuela e Colômbia.

Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Arapaçu-de-garganta-amarela
  • Nome inglês: Buff-throated Woodcreeper
  • Nome científico: Xiphorhynchus guttatus
  • Família: Dendrocolaptidae
  • Subfamília: Dendrocolaptinae
  • Habitat: Ocorre em duas regiões distintas:
    • 1 – Na região da Mata Atlântica compreendida entre o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo.
    • 2 – Na amazônia brasileira ao norte do rio Amazonas (AM, RR, AP, PA), e nos demais países vizinhos Guianas, Venezuela e Colômbia.
  • Alimentação: Alimenta-se principalmente de presas obtidas nos troncos ou galhos de árvores, os quais escala com habilidade. Junta-se a bandos mistos de aves insetívoras com freqüência, porém apenas eventualmente segue formigas-de-correição.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo o ninho em buracos de árvores, onde põe 2 ovos.
  • Estado de conservação:Pouco preocupante
Foto – Nina Wenoli

Características:

Mede em média 27 centímetros de comprimento. Colorido parecido com o de outros arapaçus do mesmo gênero, destaca-se por apresentar a garganta bege sem riscas, e por ter uma área escura entre os olhos e o bico, que é forte, praticamente reto, de cor clara (no adulto), mas tendo a metade da maxila junto à face também escura, dando continuidade à parte escura da linha dos olhos.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Xiphorhynchus guttatus guttatus (M. H. C. Lichtenstein, 1820) – ocorre na região costeira do leste do Brasil desde o sudeste do estado do Rio Grande do Norte e Paraíba até o estado do Espírito Santo, raramente encontrado no norte do estado do Rio de Janeiro.
  • Xiphorhynchus guttatus connectens (Todd, 1948) – ocorre no nordeste da Amazônia brasileira ao longo da margem norte do rio Amazonas, desde Manaus até o estado do Amapá.
  • Xiphorhynchus guttatus polystictus (Salvin & Godman, 1883) – ocorre do leste da Colômbia, Venezuela até o extremo norte do Brasil no estado de Roraima, na Guiana e no Suriname.

(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015).

Foto – Guilherme Serpa

Comentários:

Frequentam o interior e as bordas de florestas úmidas de terra firme e de várzea, capoeiras arbóreas e florestas de galeria. Vive solitário ou aos pares.

Foto – Guilherme Serpa

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Arapaçu-pardo – (Dendrocincla fuliginosa)

O arapaçu-pardo Dendrocincla fuliginosa é uma ave da família Dendrocolaptidae. Ocorre no Brasil, Honduras, Panamá, Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru.

Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Arapaçu-pardo
  • Nome inglês: Plain-brown Woodcreeper
  • Nome científico: Dendrocincla fuliginosa
  • Família: Dendrocolaptidae
  • Subfamília: Sittasominae
  • Habitat: Ocorre em toda a Amazônia brasileira. Encontrado também de Honduras ao Panamá e nos demais países amazônicos: Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e outros artrópodes. Visto com frequência junto a formigas-de-correição, reunindo-se desde alguns indivíduos até grupos de uma dúzia, podendo ser encontrado também solitário ou participando de bandos mistos. Pousa geralmente em ramos verticais, capturando insetos afugentados pelas formigas, quando chega a pousar no chão por alguns instantes.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo o ninho em cavidades de árvores ou troncos ocos, de 1 a 10 m de altura. Põe 2 ovos.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante
Foto – Guilherme Serpa

Características:

Mede em geral entre 19 e22 cm. de comprimento. Tem cor predominante marrom, mais acinzentado entre o loro e a região auricular. Possui uma estria malar escura e outra após os olhos. A íris é acinzentada podendo ter tons castanhos. As penas das asas e cauda em tons mais avermelhados. A garganta é mais clara sem, no entanto, ser tão contrastante quanto D. merula, que pode dividir o mesmo habitat.

Possui dez subespécies reconhecidas:

  • Dendrocincla fuliginosa fuliginosa – ocorre na Venezuela, Guianas, e no extremo norte do Brasil (AM, RR, AP);
  • Dendrocincla fuliginosa rufoolivacea – ocorre no leste da Amazônia, à direita do rio Tapajós até o Maranhão (PA, TO, MT e MA);
  • Dendrocincla fuliginosa trumaii – ocorre no alto rio Xingu (MT);
  • Dendrocincla fuliginosa meruloides – ocorre na costa da Venezuela, Trinidad e Tobago;
  • Dendrocincla fuliginosa ridgwayi – ocorre no SE de Honduras, O da Colômbia, O do Equador e NO do Peru;
  • Dendrocincla fuliginosa lafresnayei – ocorre no N e L da Colômbia e NO da Venezuela;
  • Dendrocincla fuliginosa phaeochroa – ocorre no L da Colômbia, L do Peru e NO do Brasil (AM, RR);
  • Dendrocincla fuliginosa deltana – ocorre na região do rio Orinoco na Venezuela;
  • Dendrocincla fuliginosa barinensis – ocorre na região dos lhanos da Colômbia e Venezuela;
  • Dendrocincla fuliginosa neglecta – ocorre no L do Equador, L do Peru e O da Amazônia brasileira abaixo do rio Amazonas, e à esquerda do rio Madeira (AM, AC, RO);
Foto – Ivan Cesar

Comentários:

Frequentam o sub-bosque de florestas úmidas de terra firme e de várzea, e nas capoeiras arbóreas adjacentes. Como todas as outras espécies de arapaçu, utiliza a cauda para se apoiar e escalar os troncos e galhos de árvores.

Foto – Daniel Esser

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

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