Arapaçu-rajado – (Xiphorhynchus fuscus)

Arapaçu-rajado – (Xiphorhynchus fuscus)

O arapaçu-rajado é uma ave da família Dendrocolaptidae. Podemos encontrá-los em parte do Brasil, Paraguai e Argentina, em matas muito degradadas ou secundárias novas.

Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Arapaçu-rajado
  • Nome inglês: Lesser Woodcreeper
  • Nome científico: Xiphorhynchus fuscus
  • Família: Dendrocolaptidae
  • Subfamília: Dendrocolaptinae
  • Habitat: Podemos encontrá-los na região Leste do Brasil do Nordeste ao Sul, incluindo pequena parte do Centro-Oeste. Também ocorre no Paraguai e pequena área de Argentina.
  • Alimentação: Alimenta-se de artrópodes em geral: lacraias, centopéias, moscas, aranhas, e até escorpiões. Utiliza o bico como uma pinça, arrancando lascas de liquens e cascas das árvores buscando artrópodes escondidos. Essa técnica de alimentação é chamada “espaçar”.
  • Reprodução: Faz o ninho em troncos ocos de árvores em estado adiantado de decomposição, ou utiliza ocos de pica-paus. Põe em média 2 ovos brancos, O casal pode se revezar no cuidado dos filhotes.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede 17 cm de comprimento.Possui a parte superior do corpo marrom, cauda marrom avermelhada, e a lateral da cabeça tem coloração creme. Nessa espécie de Arapaçu há manchas em forma de gota (pintalgadas) no peito e cabeça.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Xiphorhynchus fuscus fuscus (Vieillot, 1818) – ocorre do sudeste do Brasil, do sul do estado de Goiás, leste de Minas Gerais e no Espírito Santo (rio Doce) até o Rio Grande do Sul; Paraguai e no nordeste da Argentina, na província de Misiones.
  • Xiphorhynchus fuscus pintoi (Longmore & Silveira, 2005) – ocorre no Brasil, na região árida do oeste da Bahia.
  • Xiphorhynchus fuscus tenuirostris (M. H. C. Lichtenstein, 1820) – ocorre na região costeira do leste do Brasil, desde a região central da Bahia até o rio Doce no Espírito Santo.

(Aves Brasil CBRO 2015).

Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Uma característica marcante que diferencia esta espécie de outros arapaçus são as manchas em forma de gota no peito e cabeça. Já o que diferencia os arapaçus de outras aves é o hábito de alimentarem-se de insetos e outros artrópodes em troncos de árvores assumindo uma posição vertical, o que leva muitos leigos a confundi-los com os pica-paus. Está havendo um declínio populacional e extinção local em florestas alteradas devido à perda de locais adequados para construção de seus ninhos. Esta espécie não habita áreas abertas, nem matas muito degradadas ou secundárias novas e, apesar de não ser uma ave globalmente ameaçada, é considerada como possuindo sensibilidade média à alteração de habitat.

Foto – Flavio Pereira

Referências & Bibliografia:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/arapacu-rajado Acesso em 08 Setembro de 2010.
  • Wikipédia – disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Lesser_woodcreeper Acesso em 14 de Outubro de 2010.

Arapaçu-beija-flor – (Campylorhamphus trochilirostris)

O arapaçu-beija-flor Campylorhamphus trochilirostris é uma ave da família Dendrocolaptidae. Ocorre no Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.

Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Arapaçu-beija-flor
  • Nome inglês: Red-billed Scythebill
  • Nome científico: Campylorhamphus trochilirostris
  • Família: Dendrocolaptidae
  • Subfamília: Dendrocolaptinae
  • Habitat: Ocorre nos estados de Roraima, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, DF, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Também está presente na Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos, larvas e outros artrópodes que captura sob a casca das árvores, no meio de bromélias e cavidades nos troncos, que perscruta com seu bico curvado e comprido.
  • Reprodução: Reproduz-se em buracos naturais de arvores mortas, e em buracos de pica paus, forra o ninho com lascas de casca de árvores e folhas secas. Põe em média dois ovos de cor branca, a incubação dura aproximadamente 15 dias. Os filhotes nascem com penugem de cor preta, que permanece até completar 2 semanas. Os olhos abrem entre a segunda e terceira semana, e nesta última o corpo já está recoberto por penas. Por volta de 22 a 24 dias os filhotes deixam o ninho.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Ivan Cesar

Características:

Mede em média entre 22 e 28 cm de comprimento. Espécie de mais vasta distribuição em seu gênero, pode ser sintópico com o arapaçu-de-bico-curvo na Amazônia, da qual difere pelos tons mais claros da plumagem, porém de difícil separação em campo. Ocorrem inúmeras subespécies com distintos padrões de coloração.

Apresenta 7 subespécies com ocorrência no Brasil:

  • Campylorhamphus trochilirostris trochilirostris: – ocorre na região costeira do Brasil, entre Pernambuco e Bahia.
  • Campylorhamphus trochilirostris napensis – ocorre no extremo W da Amazônia brasileira, E do Peru e E do Equador.
  • Campylorhamphus trochilirostris notabilis – ocorre no W da Amazônia brasileira ao sul do rio Amazonas, entre os rios Purus e Madeira.
  • Campylorhamphus trochilirostris snethlageae – ocorre na Amazônia central entre os rios Madeira e Tapajós.
  • Campylorhamphus trochilirostris major – ocorre no interior do leste e centro oeste do Brasil, entre o Piauí e até o Paraná.
  • Campylorhamphus trochilirostris devius – ocorre no SW da Amazônia, no norte da Bolívia e região adjacente no Acre e Rondônia.
  • Campylorhamphus trochilirostris lafresnayanus – ocorre no SW do Brasil (MT) E da Bolívia e W do Paraguai.
Foto – Celi Aurora

Comentários:

Frequenta o estrato médio no alto de matas de galeria, no cerrado e no cerradão. Também são encontrados em caatingas arbóreas, buritizais e bacurizais no Pantanal. Na Amazônia, frequentam florestas de várzea e de igapó, principalmente as soqueiras densas de bambu, ao contrário do arapaçu-de-bico-curvo, que prefere matas de terra firme. Vive solitário ou raramente aos pares.

Foto – Celi Aurora

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

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